sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Porque temos tantos medos...


Porque é que o ser humano tem tantos medos?
A resposta mais precisa parece ser que ele tem medo de si mesmo...

Ele não se conhece e por não se conhecer tem medo desse ser desconhecido de si mesmo que ele é.

O ser humano tem medo da sua sombra, do seu lado escuro.

O escuro não no sentido de ruim, mas de desconhecido...

E ele também tem medo da sua luz...

Tem medo da vida, pois a vida é-lhe desconhecida; tem medo da morte, porque não a conhece.

Medos explícitos, medos camuflados, como o medo de se expor, de assumir suas escolhas, decisões. e opiniões.

Procura a raiz dos teus medos e perceberás que nada daquilo que o sustém é de facto a verdadeira razão para deles existirem.

Afinal quem é esse ser humano que tem tantos medos e vive em constante ansiedade?
Não é nada mais do que um espírito a evoluir através de sucessivas experiências, vida após vida, até alcançar a libertação completa de todos os grilhões que o mantêm preso às sombras e tornar-se pura luz...

Um ser que procura o seu auto-conhecimento através dessas experiências de erros e acertos.

Um ser que não insiste nos potenciais que traz dentro de si, mas que só poderá desenvolvê-los na medida em que procurar profundamente o conhecimento de si...

Então quando te conheceres, alcançarás a paz!

A paz está dentro de ti, busca-a num único lugar que vais encontrá-la.

A confiança está dentro de ti, busca-a no teu coração, assim como a coragem está nele.

A fonte da sabedoria foi programada dentro de ti, e só pelo caminho que está em ti, chegarás à tua luz e te fará libertar dos sofrimentos angustiantes enraizados no medo e na ansiedade de esperar por uma salvação exterior.

Relaxa todos os dias por alguns instantes e sente o pulsar do teu coração; silencia a tua fala e a tua mente por alguns instantes todos os dias até alcançares a paz e aprenderás que CORAGEM não significa necessariamente ausência de medo, mas agir com o domínio do coração, sem se deixar dominar pelas incertezas da mente.

No coração está gravado tudo aquilo que já sabes e aquilo que a vida te reserva - sente-o.

No coração está certeza de conhecer o desconhecido.

Conhece-te a ti mesmo (a) antes de tudo...


Paz e Luz no teu coração!

(Luiz Trevisani)








































quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Construir a nossa Vida



Todos os dias são feitos de memórias do passado, muito trabalho no presente e esperanças no futuro. O passado já não é mais, o presente quase nunca experimentamos, e o futuro ainda não é.

Se pararmos para reflectir, poderemos perceber que vivemos com improvisações. Tudo se repete, é verdade, mas em cada repetição há algo de novo, de improvisado pelo Universo. 

Todas as noites quando nos deitamos para dormir acreditamos que tudo está sob controlo, que nada de novo acontecerá e quase nunca nos damos conta de que muita coisa nova acontece.
A maior regra das nossas vidas é a inconstância. O passado fica para trás, junto do esquecimento. A única realidade é o presente e a nossa preocupação fica focada no futuro. 

Nós nos "pré-ocupamos" com o futuro sem perceber que ele está a ser construído no momento presente. O futuro inquieta-nos, às vezes até nos tira o sono e muitas vezes atormenta-nos. 

Também não podemos ficar presos ao passado. Se fizermos isso, estaremos a impedir a construção de uma vida futura. Devemos viver o momento presente da melhor maneira possível, com plena consciência da maioria das escolhas e passos que precisamos dar. Olhando com atenção para o presente, caminhamos em direcção ao futuro. 

Quanto mais íntegros e conscientes estivermos no presente, mais paz e harmonia teremos na nossa vida futura. Se quisermos crescer e manter a saúde psíquica, devemos cultuar e cultivar diariamente o esquecimento como uma espécie de deus dentro de nós. Nietzsche dizia: "Deus preserve o homem de esquecer de esquecer". 

Se carregarmos o peso do passado infeliz, as nossas marcas e tristezas farão parte do presente e nunca conseguiremos construir o futuro que desejamos. 

Nossa mente é selectiva e plástica. Podemos fazer dela o que quisermos, mas infelizmente muitas pessoas acreditam que ainda precisam de cultivar o sofrimento de dores que sentiram há muito tempo. 

Precisamos, mais do que tudo, encontrar um lugar de silêncio para nos libertarmos de todo lodo ancestral que ainda carregamos. Todo pensamento destrutivo relativo a um passado infeliz é um pensamento neurótico. Se não conseguirmos sozinhos, o melhor que podemos fazer é procurar ajuda de um profissional, mas não devemos permitir a cristalização destas neuroses. 

É claro que é natural e humano um tempo de sofrimento. E, muitas vezes, esse tempo é mais longo do que desejaríamos que fosse. O sofrimento faz parte do nosso crescimento, mas como sempre digo, ele tem um tempo de permanência. Esse tempo normalmente é de um a três anos, conforme o caso e o tamanho do trauma sofrido. 

Mesmo no meio da dor devemos olhar para frente, fazer planos pessoais e continuar a caminhar em direcção ao crescimento. Olhar para trás, lamentando-se constantemente, pode ser o início da formação de um novo padrão neurótico. 

Observa-te atentamente e procura libertares-te de toda dor sentida no passado. Não te permitas à vitimização. O passado passou definitivamente. E o presente é a grande oportunidade que o Universo te está a dar para a construção de um novo caminho e de um futuro melhor.

(Mharcya de Sá)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Outro...


Porque é que queres tanto ajudar? Porque é que tens tanta necessidade de que o outro seja como idealizaste? Porque é que te empenhas tanto em realizar essa mudança? Pensa assim: Se o outro escolher não mudar – ou escolher fazer aquilo que quer e em que acredita –, tu vais ter de assistir às consequências dessa escolha, e consequentemente vais assistir ao seu sofrimento. E talvez o seu sofrimento seja tanto que vai fazer-te sofrer também.
Voltando à primeira pergunta: Porque é que queres tanto ajudar? Porque não queres sofrer, não queres sofrer ao ver o outro sofrer. Esse é um dos mecanismos da ajuda – o outro mecanismo é que te sentes poderoso e sabedor quando ajudas alguém, mas isso não é o que nos traz hoje aqui. Queres um conselho?
Muda tu. Concentra-te na tua mudança, na tua transformação. Transforma a tua energia. Transforma-a de tal maneira, de tal modo que, se um dia essa ou essas pessoas que escolhem não mudar sofrerem as respectivas consequências negativas, possas estar aí para as apoiares e para lhes ensinares que essas consequências foram fruto da sua resistência, e que, talvez, agora elas mudem. Ou não.
Nós nunca podemos mudar ninguém. A única coisa que podemos fazer é dar amor, ser um porto de abrigo para apoiar as pessoas no seu próprio processo de mudança.

 
O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde,
de Alexandra Solnado