quarta-feira, 11 de abril de 2012

A Alma...


Certa vez, uma alminha no céu decidiu reencarnar. Era uma chama de luz, muito brilhante, na nuvem, à espera de encarnar. Tinha subido havia algum tempo, e tinha dedicado um período a analisar o passado, a vida passada.
Aliás, as vidas passadas. Tudo o que tinha cumprido, e o que nem por isso. Emoções tortuosas que tinha limpo e outras que tinha ganho.

A alminha, na nuvem, preparava-se para uma nova jornada. E preparava também a missão. O que escolhera desta vez. As tensões a que iria ser sujeita, para que a sua nova tarefa vingasse. Escolhia o tipo de país, o tipo de pais, as condições económicas, sociais e atmosféricas. Se iria nascer com a emoção à flor da pele, ou com um bloqueio desmesurado.

Tudo foi combinado ao pormenor com as outras almas com quem se iria cruzar no caminho. Quando encarnasse e entrasse no corpo de um bebé, iria esquecer-se de tudo. O véu do esquecimento é implacável. Só havia uma única coisa que lhe pediam que nunca esquecesse. Só uma.

«Podes esquecer-te de tudo o que combinámos, podes até falhar na missão, bloquear as emoções ou não chegar sequer a evoluir. Só te pedimos que não te esqueças de uma coisa. Não te esqueças que não podes deixar, em hipótese alguma, apagar a tua luz. Pode acontecer tudo, mas não deixes que ela se apague.»

Jesus
O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde,
de Alexandra Solnado

Sem comentários:

Enviar um comentário