quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Há Energia nas nossas mãos


Como instrumentos capazes de captar e transmitir energia positiva, as mãos são usadas para restabelecer o equilíbrio físico e emocional. Isso acontece durante aplicações de Reiki. Conheça a origem desta prática e os benefícios conseguidos com toques e troca energética.

O gesto é natural, inconsciente: quando sentimos dor, levamos as mãos automaticamente ao local lesado, para aliviar o desconforto. Esse conhecimento instintivo é a base de várias linhas de tratamento, como reiki, cura prânica, johrei e passes espíritas. Os seus praticantes são unanimes em afirmar: as mãos transmitem energia positiva.
Segundo a filosofia hindu, isso acontece devido à presença de pequenos centros energéticos localizados nas palmas. Essa força concentrada pode ser canalizada tanto para si mesmo como para outras pessoas e pode ser até tratamento complementar para várias doenças (porém não substitui ajuda médica). “O alívio de dores e a reorganização emocional acontecem porque o campo de energia criado pelas mãos envolve e nutre quem recebe o tratamento”, diz Ricardo Alves, instrutor de cura prânica de São Paulo. Existem cursos para aprender a lidar com a energia das mãos e, em alguns casos, os inscritos devem praticar uma doutrina religiosa.
Dentro das diversas técnicas existentes, passamos a descobrir a essência do Reiki

Reiki

União de energias
Em japonês, rei significa a “energia cósmica que flui por todo o Universo”, e ki, a “energia vital do ser humano”. Segundo os princípios do reiki, prática japonesa que surgiu no final do século XVIII, a saúde é resultado da harmonia entre essas duas forças. “A energia do reiki age nos lugares do corpo em que é necessário o reequilíbrio. Ela trata a causa e não apenas os sintomas”, afirma a psicóloga carioca Claudete França, uma das pioneiras na divulgação dessa linha terapêutica no Brasil.

Directo ao ponto
A técnica pode ser praticada em qualquer lugar e consiste em impor as mãos a certa distância ou tocar o corpo do paciente nas regiões dos chacras, centros de entrada e saída de energia, segundo as filosofias orientais. Cada um dos sete chacras, alinhados da base da coluna ao topo da cabeça, está relacionado a determinados órgãos, glândulas ou sistemas. A energia captada por meio das mãos do praticante é direccionada para quem a recebe. “O próprio corpo do paciente sabe de quanta energia necessita e os pontos que devem ser trabalhados”, salienta Vera Lúcia de Sá, coordenadora do ambulatório da Associação Brasileira de Reiki, na capital paulista.
O criador dessa prática foi o padre cristão e professor japonês Mikao Usui (1865-1926), que pesquisou como Jesus Cristo realizou seus milagres. Usui sabia que as mãos emanavam força vital, mas até então não entendia como isso se processava. No Japão, e depois na Índia, encontrou em antigos escritos budistas a chave de sua pesquisa: símbolos e mantras que activam e captam a energia vital universal.
As sessões de reiki demoram cerca de uma hora, em média, e visam restabelecer o fluxo natural da energia no organismo, dificultado por tensões, stress e má alimentação, por exemplo. “O reflectir sobre as causas que podem estar a gerar o desequilíbrio já tem efeito terapêutico”, continua Vera de Sá. “Por isso, o reiki apresenta óptimos resultados para aliviar problemas emocionais, como medo, insegurança e baixa auto-estima.”
Silvana Aguiar, administradora de empresas do Rio de Janeiro, recorreu ao reiki para tratar um parente que apresentava problemas psicológicos que a medicina convencional não conseguia solucionar. Ela fez os cursos de formação e, desde então, não parou de aplicar a técnica, que faz parte de sua rotina.
Silvana todas as noites faz reiki com o marido, como uma forma de resgatar o equilíbrio perdido durante as actividades diárias: “Sentimos a energia vibrar por todo o corpo e ficamos melhor depois dessa troca”.

Texto: Wilson F. D. Weigl
Reportagem: Marília Oliveira
Excerto de Reportagem presente na Revista Bons Fluidos

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