sexta-feira, 1 de julho de 2011

A jornada do Amor Incondicional



A jornada da vida toma uma nova direcção quando nos conscializamos do poder do amor incondicional que reside no nosso coração em cada momento. Esta consciência começa numa nova abordagem para a vida que leva à paz pessoal, à harmonia natural e à genuína riqueza interior. A própria estrutura da sociedade muda também, à medida que começamos a expressar conscientemente este amor ilimitado. Tudo e todos são visivelmente afectados por esta energia, enquanto nos movemos através da nossa vida diária a cada etapa e de encontro ao outro.

Estar consciente do amor acende a centelha que torna todas as coisas novas e restaura a totalidade, onde pensávamos estar incompletos. Esta é a energia e a sabedoria que une todos os mundos, pensamentos e perspectivas e restaura a nossa conexão inata com todas as coisas. O amor, e mais apropriadamente o amor incondicional, é aquilo que traz a paz e a compreensão interior, onde um momento antes pareciam inexistentes e, talvez, até impossíveis.

Então, e como se realiza esta simples mudança de atitude? Ela começa com um desejo de saber quem nós somos, como um ser neste plano terrestre. É uma mudança na perspectiva de procurar voltarmos a nossa atenção para o nosso interior. Ao começarmos o processo do despertar consciente, começamos a notar e a observar quem somos em relação a quem pensamos que somos. Esta mudança subtil traz uma enorme mudança na compreensão pessoal. Vemos com novos olhos, ouvimos com novos ouvidos e percebemos um mundo paralelo que sempre existiu, ainda que estivesse bloqueado a partir da nossa consciência, pelas nossas próprias crenças limitadoras.

Perguntam-me muitas vezes: “Como começamos este processo?” Minha resposta é que ao fazer esta pergunta, significa que esse processo já começou. Tal é a natureza da percepção consciente – começamos a fazer novas perguntas sobre a vida, desde que não estamos mais interessados nos velhos hábitos que estivemos a experienciar até ao momento. Para mim, esta não é necessariamente uma jornada espiritual ou filosófica, mas sim, comparo-a a uma abordagem prática do bom senso e do esforço deliberado de “conhecer-se a si mesmo” e a cada auto-aceitação, também “amar-se a si mesmo e a todos os outros, sem qualquer condição ou limitação.”

Cada um de nós é uma fonte poderosa de amor, quando nós permitimos que esta energia se expresse naturalmente. Não há nada que tenhamos que fazer basicamente, do que nos permitirmos sentir e ser amor. É tão simples. Entretanto, para muitos, o amor está oculto sob camadas de dor, trauma, drama, ódio e sofrimento. Memórias emocionais, dúvidas não expressas, medo, ressentimento e uma multidão de velhas crenças, frequentemente nos impedem de compreendermos que estes pensamentos e sentimentos não têm um poder real sobre nós. Nós é que lhes damos o poder, vivendo no passado e temendo o futuro. Ignoramos o amor que está presente a cada momento, aceitando a limitação. É o momento de mudarmos isto. É o momento de nos libertarmos da nossa própria escravidão, que nós mesmos criamos.

Quando nos aceitamos apenas por quem nós somos, transformamo-nos no momento em paz, em segurança, em harmonia, alegria e amor. Este processo começa com a libertação das nossas crenças castradoras, erros do passado, falta de auto-estima, orgulho e ego, através do acto consciente do perdão. Compete-nos a nós, como indivíduos empreendermos esta jornada de cura e de consciência.

Quando sabemos quem nós somos e por que agimos e reagimos da forma que fazemos, começamos a vermo-nos nos rostos da humanidade. O reflexo da dor é a nossa dor, o sofrimento dela é o nosso sofrimento, e a raiva do outro é a nossa raiva, assim como o riso e o prazer reflectem o nosso próprio coração. Isto é visto na natureza também. A destruição dela é a nossa destruição, a beleza dela é a nossa beleza. Igualmente nas nossas crianças, vemos o nosso potencial e no seu sorriso, nós vemos a nossa alegria. Estas expressões aparentemente aleatórias são os nossos pensamentos do passado que procuram uma forma de manifestação. É a nossa lembrança constante de que o amor é a resposta e a pergunta.

Para vermos o amor nos outros, devemos primeiro conhecê-lo em nós mesmos. Vamos construir uma nova realidade no momento presente quando deixarmos ir. Mudamos o mundo quando mudamos a nossa perspectiva pessoal. Quando escolhemos o amor e não o medo, a bondade e não o ódio, a integração e não a separação, e a paz e não a guerra, trazemos um novo reflexo à humanidade... os nossos seres amorosos.

Amor, luz e paz,

Harold W. Becker
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

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